A Igreja Matriz de Ourém
E eis um marxista a caminho da Igreja de Ourém. Como é isso possível? A resposta é que as minhas certezas acerca de questões ideológicas estiveram sempre muito perto da dúvida permanente. É verdade: a ideologia marxista é materialista, defende o materialismo histórico e o materialismo dialéctico. Pessoalmente acredito em muitos aspectos do marxismo, especialmente naqueles que dizem que a história do desenvolvimento das sociedades tem sido marcada pelo desenrolar da luta de classes no seu seio.
Também acredito que existe uma contradição permanente entre as forças produtivas (os trabalhadores, os instrumentos de produção) e as relações de produção (a propriedade dos meios de produção determina a separação do produtor relativamente aos mesmos) que, um dia, se resolverá com uma sociedade mais justa. Tal como já o afirmei, penso que tal só terá sucesso quando quase todos os homens a quiserem, portanto é necessário um grande esforço de educação para se lá chegar. Mas, desculpem-me que o diga tão abruptamente, custa-me a crer quando afirmam que Deus não existe. Como é que eles sabem?
A verdade é que esta Igreja nunca me ensinou nada de mal. Disse-me para ser honesto, para não matar, para não roubar. Quem é o marxista que despreza estes princípios? Pode ter acontecido que fosse conformista, que, através dos padres, nos convidasse a aceitar uma situação opressiva, mas também é verdade que em certas latitudes já teve um papel revolucionário.
Assim, sou adepto de uma espécie de idealismo marxista (mas que grande confusão) que, em muitos aspectos, é agnóstico. E a verdade é que, desde tenra idade, olhei os azulejos relativos ao Calvário de Cristo que existem na Igreja de Ourém com grande respeito e admiração. Afinal o sacrifício real de Cristo foi bem superior ao de Marx. Julgo que não há o perigo de alguém no nosso concelho os (à Igreja e aos azulejos) querer destruir. Mas aqui fica o aviso e uma pequena mostra dos mesmos.
A Via Sacra da Igreja de Ourém
Trata-se de um dos elementos da cultura e ideologia cristã que sempre me impressionou: catorze estações em que se vê todo um processo de tentativa de humilhação e destruição de alguém que no fundo é superior a todos os algozes.
A fotografia pode não ser das melhores mas permite deixar desde já um convite a todos os oureenses para uma visita no real à sua Via Sacra. Não tenham receio mesmo os descrentes: mesmo que Cristo exista, não fará mal a qualquer um. É que, nessa perspectiva, ele espera sempre por um retorno ao rebanho.
Eis as várias estações:
Jesus é condenado à morte
Jesus a caminho do Calvário
Jesus cai pela primeira vez
Jesus encontra a sua mãe
o Cireneu toma a cruz
Verónica limpa a face de Jesus
Jesus cai pela segunda vez
Jesus consola as mulheres de Jerusalem
Jesus cai pela terceira vez
Jesus é despido
Jesus é pregado na cruz
Jesus morre na cruz
Jesus é descido da cruz
Jesus é sepultado
Também acredito que existe uma contradição permanente entre as forças produtivas (os trabalhadores, os instrumentos de produção) e as relações de produção (a propriedade dos meios de produção determina a separação do produtor relativamente aos mesmos) que, um dia, se resolverá com uma sociedade mais justa. Tal como já o afirmei, penso que tal só terá sucesso quando quase todos os homens a quiserem, portanto é necessário um grande esforço de educação para se lá chegar. Mas, desculpem-me que o diga tão abruptamente, custa-me a crer quando afirmam que Deus não existe. Como é que eles sabem?
A verdade é que esta Igreja nunca me ensinou nada de mal. Disse-me para ser honesto, para não matar, para não roubar. Quem é o marxista que despreza estes princípios? Pode ter acontecido que fosse conformista, que, através dos padres, nos convidasse a aceitar uma situação opressiva, mas também é verdade que em certas latitudes já teve um papel revolucionário.
Assim, sou adepto de uma espécie de idealismo marxista (mas que grande confusão) que, em muitos aspectos, é agnóstico. E a verdade é que, desde tenra idade, olhei os azulejos relativos ao Calvário de Cristo que existem na Igreja de Ourém com grande respeito e admiração. Afinal o sacrifício real de Cristo foi bem superior ao de Marx. Julgo que não há o perigo de alguém no nosso concelho os (à Igreja e aos azulejos) querer destruir. Mas aqui fica o aviso e uma pequena mostra dos mesmos.
A Via Sacra da Igreja de Ourém
Trata-se de um dos elementos da cultura e ideologia cristã que sempre me impressionou: catorze estações em que se vê todo um processo de tentativa de humilhação e destruição de alguém que no fundo é superior a todos os algozes.
A fotografia pode não ser das melhores mas permite deixar desde já um convite a todos os oureenses para uma visita no real à sua Via Sacra. Não tenham receio mesmo os descrentes: mesmo que Cristo exista, não fará mal a qualquer um. É que, nessa perspectiva, ele espera sempre por um retorno ao rebanho.
Eis as várias estações:
Jesus é condenado à morte
Jesus a caminho do Calvário
Jesus cai pela primeira vez
Jesus encontra a sua mãe
o Cireneu toma a cruz
Verónica limpa a face de Jesus
Jesus cai pela segunda vez
Jesus consola as mulheres de Jerusalem
Jesus cai pela terceira vez
Jesus é despido
Jesus é pregado na cruz
Jesus morre na cruz
Jesus é descido da cruz
Jesus é sepultado
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