Crónica de distintos oureenses

Guia de leitura do Ourém blog destinado a celebrar a juventude de um grupo de oureenses e o espaço onde a mesma teve lugar

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Localização: Portugal

Meio comuna, meio anarca, com hábitos burgueses. Totalmente confuso na selva capitalista...

sábado, junho 26, 2004

Uma chegada imponente

Esplanada do Avenida
Uma daquelas magníficas tardes de Ourém. Algum Sol. Com nada para fazer, distintos oureenses apenas podiam exercitar a contemplação. Para a esquerda, para direita… para a esquerda, para a direita…
O Jó Alho dava espectáculo. Corria de um lado para o outro, saltava batendo os calcanhares, enquanto trauteava o "La plus belle pour aller dancer".
De súbito, o belo carro negro aparece vindo talvez dos lados do Olival. Não sei se era um Ford Perfect da década de sessenta, era qualquer coisa assim. Algo de importante.
O carro detém-se junto aos correios. Saem algumas pessoas. Reparo especialmente nela, uma catraia com os seus catorze anos, alta, engraçada, não era bonita, era apenas engraçada. Depois em alguém que parecia o seu pai. Um ar aristocrático, uma espécie de barão em fato negro completo, bigode forte e farfalhudo, um indivíduo alto e encorpado. Pouco falaram, cada um foi fazer o que tinha a fazer. Passado algum tempo, voltaram todos, meteram-se no carro e arrancaram, abandonando Ourém. Não falaram a ninguém. Lembro-me que isto aconteceu várias vezes. Quem seriam?
Voltei a encontrá-la em Leiria no Liceu. Afinal era simpática, não muito faladora, mas cumprimentava sempre, o que para mim é qualidade elevada. Eu ia para Económicas, ela para Direito ou Germânicas ou Filosofia, por isso nunca mais a vi.
Mas nunca consegui esquecer o modo como chegavam a Ourém.