Crónica de distintos oureenses

Guia de leitura do Ourém blog destinado a celebrar a juventude de um grupo de oureenses e o espaço onde a mesma teve lugar

A minha foto
Nome:
Localização: Portugal

Meio comuna, meio anarca, com hábitos burgueses. Totalmente confuso na selva capitalista...

sexta-feira, junho 25, 2004

Capítulo IV - Andam a destruir a nossa Ourém

Mas aquela terra parece cada vez mais longe de mim.
As pessoas são cada vez mais outras. Apoderaram-se do meu espaço, destruiram quase tudo que me dizia alguma coisa e têm o atrevimento de afirmar que tudo são melhorias.
Os amigos foram desaparecendo pouco a pouco. Primeiro o Zé Manel Depois o Jó Rodrigues, Recentemente o Luis NUno, o Felix. Que raio de vida esta. Anda alguém a divertir-se à nossa conta dando-nos prazer no passado e agora a destruir tudo?????


Se todos juntarmos o que sentimos que nos falta de um passado ainda bem próximo e o que receamos que no futuro nos seja tirado, compreenderemos a mágoa dos que dizem que Ourém tem sido gerida por pessoas que não têm amor à terra.
Pela parte que me toca, recordo o belo jardim que existia em frente à Câmara Municipal substituído por uma minúscula caricatura que termina em sanitários mal cheirosos. Recordo a destruição do velho edifício onde se exibiu cinema durante muitos anos ali bem nas traseiras do hospital.
Alguns amigos falam-me noutras barbaridades como a casa do padre, uma casa na rua de Castela e um paraíso agrário que existia na Rua Santa Teresinha a partir da estrada bem junto à quinta da Sapateira e que foi substituído por uma escola e algumas casas de habitação. Também o jardim junto ao café Central já é uma recordação e o magnífico café Avenida tornou-se uma profunda saudade.
Fala-se agora na velha prisão de GNR. Quem sentirá saudades de uma prisão? A verdade é que muitos crianças de Ourém obtiveram dos prisioneiros belos carrinhos de madeira que serviam para se distrair na sua meninice e garantia àqueles um rendimento que os ajudava a ultrapassar aquele mau bocado.
Já agora tenho algum receio que o edifício dos correios, a escola primária e o velho depósito de água sejam sujeitos a ordens de extinção. Mas é preciso lembrar aos autarcas que o seu poder não é absoluto. Eles foram lá colocados para servir o povo e é bom que não se esqueçam disso e passem a não fazer com que a sua visão do mundo ou o interesse de obscuros lobies seja mais importante que os do povo em geral.
Este capítulo é uma visita a alguns desses lugares, hoje:
A casa do Largo de Castela
Como é possí­vel?
Um recanto pitoresco
Os restos da Fonte de Santa Teresinha
A Igreja Matriz de Ourém
Interrogações
Rever o Avenida a partir da Marina
A cruz branca
O Café Central